A classe C conquistou seu lugar na web. Saiba porque sua empresa não pode ignorar essa tendência
Você sabe quem são os novos donos da internet brasileira? A classe C. São cerca de 48,3 milhões de pessoas, número semelhantes a população de países como México e Itália. Representando, atualmente, 36% do acesso da internet brasileira, esta nação é um dos maiores privilegiados de um avanço tecnológico constante. Outro número expressivo? Três quartos dos internautas estreiantes na rede hoje em dia vem da classe C.
Uma mudança de comportamento está acontecendo. Se antes, a parcela do carnê era para pagar a TV grande de LED, os aparelhos de som e DVD, hoje, esta classe ascendente já é madura e consciente de que todo o entretenimento que lhes interessa consumir está disponível online. Assim, sai os aparelhos eletrônicos de cena e entram os computadores. Hoje em dia, além de terem acesso aos computadores, a classe c também está conectada ao mundo web através dos smartphones.
Classe C, conectada
Estes novos consumidores são os que espelham de maneira mais prática um movimento que se enxerga em todas as classes sociais: o de mobilidade e imediatismo. Por isto sua porta de entrada na internet é, hoje, o smartphone. Mais acessível, com planos de dados facilitados, estes aparelhos garantem sua presença online permanente.
É por causa disto que se observa, cada vez mais, a ascensão do e-commerce, da compra via smartphones e tablets. Outra mudança de comportamento: a compra via desktop e notebook foi sendo substituída. Hoje, ao alcance de um clique no dispositivo na palma da mão, muitas compras são realizadas.
O público da Classe C tem, hoje, um celular nas mãos e muita curiosidade e disposição. Consome conteúdo de forma ávida, comentando, compartilhando e transmitindo informações nos mais diversos canais e formatos. Sua presença online é uma extensão de suas vidas. Por isso, estão presentes nas redes sociais e utilizando os aplicativos mais populares: Facebook, Instagram, YouTube e WhatsApp. Contam sobre suas vidas, seus gostos, apoiando e seguindo seus artistas favoritos.
Para este público, não há barreiras nas redes sociais. Elas são entendidas de forma tão coloquial quanto uma conversa ao vivo com os amigos.
Classe C, Comportamento
Neste novo cenário, onde há presença maciça de membros da classe C online, há também novas oportunidades e vantagens. Com a facilidade de conexão via smartphone, a classe C pesquisa constantemente por melhores preços e produtos, embora isto não seja uma característica unicamente destes usuários. Estima-se, de forma geral, que 86% dos usuários de smartphones fazem pesquisa de compras pelo celular.
Se hoje o desktop deixou de ser o dispositivo que oferece a primeira experiência com internet a estes entrantes, como as marcas podem aproveitar o fato? De que forma expor conteúdonestas plataformas de maneira a estabelecer um diálogo natural com seu usuário? A primeira constatação é que é preciso ter sempre em mente a necessidade de ter um site responsivo e assim permitir que sites e blogs que possam ser acessados sem problema por dispositivos mobile.
A segunda constatação, e que vai muito ao encontro do comportamento deste público na internet, é observar e se aproveitar de um fenômeno denominado Unclassed, e que se caracteriza pela associação de grandes marcas a fenômenos originalmente vindos da cultura da classe C. São estes os funkeiros, rappers e toda sorte de artistas que conquistaram seu primeiro público nas camadas menos abastadas.
Em uma troca de referências e de cultura, eles estão transitando por grandes eventos de grandes marcas, em clubes conceituados e em estratégias ousadas de marca — influenciando o novo consumidor da classe C, mas também dialogando com as classes A e B, desfeitas de zoneamento e dispostas a consumir o produto de massa, mais divertido e interessante.
Classe C, Compreensão
Neste novo cenário, de novos protagonistas, é preciso um olhar atento para compreender o comportamento destes usuários na internet, criando estratégias para uma abordagem relevante.
Desconfiados, informados, multi-referenciados, é preciso abordar este público de forma orgânica, não intrusiva. Uma lógica de aproximação que vá ao encontro do conteúdo tão disseminado por este público: surpreenda, sempre.
Gostou do post? Compartilhe conosco a sua opinião!